terça-feira, 24 de agosto de 2010

DERNEVAL, Saviani, O Choque Teórico da Politécnica.

DERNEVAL, Saviani. O Choque Teórico da Politécnica, trabalho originado do seminário Choque
Teórico realizado no Rio de janeiro de 2 a 4 de dezembro de 1987 e organizado pela Escola
Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz.
O autor, é Doutor em Filosofia da Educação pela Puc São Paulo e Pós-Doutor pela
Universita Degli Studi de Bologna- Itália.Professor emérito da Faculdade de Educação da
Universidade de Campinas e pesquisador do CNPq.
O trabalho é resultado de um seminário para tratar da concepção de politecnia, onde foi feito
uma exposição oral, não baseado em texto escrito. A exposição foi gravada e transcrita e publicada
em livro Saviani 1989.
Foram feitas oito intervenções a respeito do tema em discussão. A parte primeira é
constituída através da versão revista da exposição realizada no próprio seminário. A segunda parte,
volta a discutir o conceito de politecnia, incorporando novos elementos para compreensão de seu
significado, traçando uma correlação com a situação histórica atual.
O autor busca desde o primeiro momento conceituar a politecnia, trazendo em nossa
memória a reflexão do período artesanal em que o homem usava suas próprias mãos para a
produção do necessário e com isso, o início da transformação da natureza para adequar as suas
necessidades e então se firmando como homem, capaz de promover a si próprio. Os diversos modos
de produção nos mostra isso, a comunitária, observa-se aí o comunismo primitivo; o modelo
asiático; o antigo ou escravista; o feudal, propriedade privada ligado a seu senhor; e o que se rege
até o momento, o meio de produção capitalista em que os trabalhadores detêm a força do trabalho e
não o capital, este pertencente aos donos dos empresas; o empresário.
Este texto, visa levar os organizadores da educação a repensar a escola que estamos
oferecendo aos nossos educandos; uma escola simplesmente bancária ou uma escola-trabalho ou
vice-versa, educação, pensando no indivíduo como um todo, ocupando todo espaço para alcançar o
topo, que é o desenvolvimento social.
Este trabalho cita vários atores como: Roussou (1976), Taylor (1968), Adam Smith p.138
etc. Cada um a seu modo tenta explicar o homem inserido em seu próprio meio, modificando ou
idealizando sua nova forma para ostentar a sobrevivência, pois o homem é o único ser que não vem
codificado, ele se adapta de acordo com seus interesses.
Diante de várias vertentes filosóficas e experimentais, o autor chega a conclusão que a
escola politécnica, ou a politécnica aplicada com alto teor de cumplicidade, pode ser a solução para
a organização das transformações do processo real que vivemos na atualidade.

Resenhista: Yolmar Freire

Professor e Coordenador do Curso de Geografia da Fundação Educacional da Região dos Lagos, professor, de Geografia da Rede Municipal de Ensino de Cabo Frio – RJ, aluno do curso Lato Sensu em Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos (IFF – campus/Cabo Frio). e-mail: yolmarfreire@gmail.com