quarta-feira, 22 de maio de 2013

Uma das realidades mais extraordinárias do mundo atual é a velocidade com que são transmitidas informações entre diferentes lugares, quer estejam próximos quer distantes, fazendo deles lugares mundiais. A comunicação e a circulação de informações - dadas, idéias ou decisões - ocorrem instantaneamente, no chamado tempo zero. Isso sem falar que essas informações podem chegar, ao mesmo tempo, em vários lugares. Velocidade, instantaneidade e simultaneidade são características do que chamamos de meio técnico-científico informacional.

A Em 1982, o geógrafo Milton Santos, em seu trabalho intitulado Pensando o Espaço do Homem, já alertava para o fato de que, das múltiplas denominações aplicadas ao nosso tempo, nenhuma é mais expressiva que a de período tecnológico. Dizia ele que a técnica é um intermediário entre a natureza e o homem desde os tempos mais remotos e inocentes da História. Mas, ao converter-se num objeto de elaboração científica sofisticada, acabou por subverter as relações do homem com o meio, as relações entre as classes sociais e até mesmo as relações entre as nações.

Para Milton Santos, a ciência, a tecnologia e a informação, hoje, são a base técnica da vida social, ou, em outras palavras, o meio técnico-científico informacional é um meio geográfico no qual o território inclui obrigatoriamente ciência, tecnologia e informação.

Nas últimas décadas, a revolução tecno-científica em curso se deu destacadamente no campo da microeletrônica e das telecomunicações, e ocorreu juntamente com a reestruturação da produção e do trabalho no sistema capitalista, da economia internacional e dos territórios. A alta tecnologia permitiu a crescente internacionalização da economia e a interpenetração das economias nacionais, ou seja, a interpenetração do capital, do trabalho, dos mercados e dos processos de produção baseados na informação. E, com isso, países e nações deixam de ser unidades econômicas de nossa realidade histórica.

A economia capitalista, dominante no mundo, estimula a competição econômica e força as empresas - principalmente as de grande porte - a buscarem a eficácia, gerando com isso uma sucessiva revolução do trabalho, da técnica e dos produtos. Sistemas cada vez mais aperfeiçoados de comunicação e de fluxos de informações, junto com técnicas mais racionais de distribuição, tais como empacotamento, controle de estoques e conteinerização, permitem a aceleração das atividades e da circulação de mercadorias. Bancos eletrônicos e dinheiro "de plástico" são inovações que agilizam os fluxos de dinheiro e permitem a aceleração dos negócios nos mercados financeiros e de serviços, tanto nacionais como internacionais.

A economia de mercado sempre buscou a redução das distâncias porque isso significaria redução do tempo de produção, de circulação e de consumo de mercadorias e, conseqüentemente, redução dos custos, pois, no sistema capitalista de produção, tempo é dinheiro. Grandes avanços foram feitos nesse sentido, ao longo do século XIX e na primeira metade do século XX. Eram inovações voltadas para a remoção das barreiras espaciais - uma questão "deveras geográfica" na história das sociedades capitalistas.

Foi isso que aconteceu quando surgiram as estradas de ferro, o cabo submarino, o telégrafo sem fio, o automóvel, o telefone, o rádio, o avião a jato e a televisão que, ao formarem redes técnicas de circulação e comunicação, permitiram (cada um há seu tempo e interligando-se aos demais) realizar integrações territoriais, quebrando as barreiras físicas para o transporte e para a circulação de matérias-primas, de bens produzidos, de pessoas, de idéias, de decisões e de capital. Mas nenhuma dessas inovações comprimiu tanto o espaço, acelerando o processo de integração, como as novas tecnologias da informação.

Hoje ocorre um aumento significativo na densidade das redes de circulação e de comunicação. E essas redes podem se superpor umas às outras, permitindo simultaneamente a aceleração nos processos de integração produtiva, integração de mercados, integração financeira, integração de informações. Mas, ao mesmo tempo e perversamente, geram um processo de desintegração, pelo qual países e nações são excluídos das vantagens propiciadas pela alta tecnologia da informática, como ocorre, notadamente, com nações africanas.

No entanto, a exclusão não se dá apenas em relação às nações mais pobres. Tal exclusão atinge também milhões de trabalhadores nas economias de tecnologia mais avançada. Em países desenvolvidos, máquinas inteligentes estão substituindo trabalhadores de escritórios e operários que, a cada dia, engrossam as filas dos desempregados.

Podemos então deduzir que a tecnologia é um fator importante, mas ela, por si só, não explica a História dos homens.

sábado, 18 de maio de 2013

Desenvolvimento sustentável e a Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos.


Desenvolvimento sustentável e a Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos.

                                                                                                             Yolmar Freire

  
Resumo: O Desenvolvimento Sustentável a partir de sua popularização em 1987, tornou-se uma solução, conseguindo adeptos em diferentes segmentos da sociedade. Por conseguinte, através de um exame dessa concepção, percebe-se o seu caráter estritamente estratégico. Percebendo-se explicitamente e implicitamente a reprodução de discursos, de cada época. No ensino da Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos - a participação do desenvolvimento nos conteúdos se torna necessário, especificamente nos dias atuais para mostrar como essa concepção se manifesta e como ela se transforma através das adjetivações.

Palavras-Chave: Desenvolvimento Sustentável, Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos e Ensino-aprendizagem.

Sustainable development and Integrated education Professional to basic education in youth and adults.

Abstract: Sustainable development from its popularization in 1987, became a solution, achieving supporters in different segments of society. Therefore, through an examination of this conception, realizes its strategic strictly. Realizing explicitly and implicitly playback speeches, each season. Teaching Integrated professional education in basic education of youths and adults-participation in content development becomes necessary, specifically today to show how this conception manifests itself and how it changes through adjetivações.
Key Words: Sustainable development, Integrated Professional Education to basic education in youth and adults and teaching and learning.

Introdução

O objetivo central desse artigo, que tem como base registro parcial nas disciplinas, currículo integrado, políticas públicas, economia solidária, problemas de aprendizagens, ambientes de aprendizagem, educação matemática, educação da linguagem e didática, para conclusão do curso de Especialização em Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos, bem como oferecer uma leitura sobre as transformações da concepção de desenvolvimento e uma das suas formas atuais, que é o desenvolvimento sustentável, sobretudo, mostrando como essas concepções atingem o ensino na Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos.
Assim, pretendemos mostrar e analisar a concepção de desenvolvimento sustentável e, ao mesmo tempo, temos a intenção de visualizar como essa concepção está presente no ensino da Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adulto.

Prática de desenvolvimento sustentável.

A prática de desenvolvimento sustentável adotada em algumas regiões visa à melhoria sócio econômica dos trabalhadores, a Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos e a ferramenta fundamental para que esse meio possa ter sustentabilidade, pois estes vivem impossibilitados de ter emprego digno para sobrevivência de seus familiares, devido a falta de empreendimentos para oferecer trabalho dentro da formalidade. Percebemos então a necessidade de implantar a economia solidária sustentável utilizando a Educação Profissional  Integrada  a  Educação  Básica  na  Modalidade  de  Jovens  e Adultos para conscientizar e escolarizar essa classe de trabalhadores através de organizações não governamentais como cooperativas, ONGs e associações, aproveitando um grande contingente de matéria prima, como fibra de banana, sementes da mata atlântica, cipós, bambus, taboa dentre outros, existente no meio rural, utilizando todas essas matérias primas para gerar uma economia e sustentabilidade do indivíduo em seu próprio meio. O artesanato, aproveitando esses artefatos, poderá tornar-se uma fonte de renda antes não utilizada pelos homens do campo de diversas regiões rurais.
De acordo com o que foi discutido na “Conferência Regional sobre economia Solidária do Estado do Rio de Janeiro, em Abril de 2010 no município de Rio das Ostras “vivemos em uma sociedade marcada pela rede de competitividade que abraça o planeta em uma corrida desleal em relação aos detentores do poder, e aqueles que lutam por sua sobrevivência. Estamos inseridos em uma aldeia global, em que cada vez mais aproxima as pessoas em um paradoxo que sincronicamente exclui grande parcela da população mundial do acesso a esse crescimento perseguido e idealizado por todos. O capitalismo em suas famigeradas formas de liberalismo e neoliberalismo foram, ao longo do nosso processo de construção histórica, moldando os perfis sociais e as forças produtivas de nosso país de forma alienadora resultando em um distanciamento sem precedentes do homem e de outros seres humanos e  naturais que constituem o espaço em que habitamos,o planeta Terra”.
O homem no mundo e como o mundo. Natureza e cultura. (FREIRE. 1985 p.124)

A Economia Solidária com a instrumentalização a partir da Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos, é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é necessário para sobreviver sem explorar ninguém e sem destruir o meio ambiente, desenvolvendo seu meio com sustentabilidade. Com essa forma de organização haverá um fortalecimento de toda comunidade,sem patrão e sem empregado cada um pensando no bem de todos e no seu próprio bem.
A Economia Solidária associada ao sistema de ensino do PROEJA é uma prática regida pelos valores de autogestão, democracia, cooperação, solidariedade, respeito à natureza, promoção da dignidade e valorização do trabalho humano, tendo em vista um projeto de
desenvolvimento sustentável global e coletivo, também entendida com estratégia de enfrentamento da exclusão social e da precariedade de trabalho.
A construção e projeção de uma qualificação solidária/PROEJA vão ao encontro dos ideais de uma sociedade civil ativa e cooperativista, mas que acima de tudo, compreenda-se como parte integrante de um ecossistema que deve ser desenvolvido de forma sustentável, para assegurar a valorização do homem e ao mesmo tempo garantir seu espaço vital neste planeta. O desenvolvimento comprometido com o bem estar de todos, colocando o potencial humano sobreposto ao lucro desenfreado, uma sociedade que possa crescer de forma harmoniosa sem que para tanto tenha que destruir as suas bases morais, ambientais, familiares e institucionais em prol da qualidade de vida de todos.
O processo de empreendimento e análise nesta proposta, investindo em matérias primas antes não utilizadas, levando em conta que não substituem as experiências populares prévias, e sim revigoram e orientam os ativos sócios econômicos da camada popular correspondente, abrindo novas oportunidades utilizando a racionalidade.
Os resultados da utilização deste processo de transformação da matéria prima mostra que as atrações mais importantes ocorrem entre os indicadores da dimensão prática de auto solidarialismo, mas com uma visão de desenvolver o empreendedorismo, partindo do local para o global, permitindo a prática de preservação do meio, ou seja, havendo um engajamento social.
Há uma ligação íntima entre o desenvolvimento e o crescimento econômico, assim, dados de crescimento, como o PIB, contemplaria o nível de desenvolvimento de um país, por exemplo, sendo um indicador decisivo para a classificação dos países.
Essa redução do desenvolvimento no crescimento econômico funciona como uma grande cortina de fumaça, para usar uma expressão cunhada por, (RODRIGUES, A. M. 2005), principalmente para aceitar que a meta de um país subdesenvolvido deva ser o desenvolvimento, para aceitar a implantação de um modelo externo no seu território, e, também, para escamotear problemas sociais e ambientais, que são justificados pelo desenvolvimento, ou arbitrariamente julgados como assuntos de segundo plano.
João Rua esclarece que a temática do desenvolvimento, mesmo levando em consideração suas novas formas, é atrelada a noção de crescimento econômico, que se tornou a concepção mais dominante (RUA 2008). Complementando, J.E. da Veiga além de afirmar a forte ligação entre crescimento econômico e desenvolvimento, mostra que não havia necessidade dessa discussão
até os anos 60, já que os países chamados  subdesenvolvidos eram aqueles com o processo de industrialização inacabados ou que não haviam iniciado o processo de industrialização, logo, era simples a separação entre desenvolvidos e subdesenvolvidos. (VEIGA 2005) .
Alguns autores ultrapassaram o sedutor discurso do desenvolvimento e o trata como uma farsa, no sentido de não trazer uma real mudança social, econômica, política etc. para toda sociedade, principalmente para as classes menos abastadas. Dois autores especificamente se destacam nessa abordagem, que são os economistas: Celso Furtado e Giovani Arrighi.
Furtado trata o desenvolvimento como um mito a partir do seu magnífico livro datado de 1974 “O mito do desenvolvimento”. O autor afirma que o processo de industrialização da periferia se distingue em vários sentidos do processo de industrialização do centro, salienta também o dinamismo econômico dos países centrais que contrasta com a concentração de renda dos países periféricos.
A intenção de Furtado é mostrar que a idéia dos povos pobres desfrutarem das formas de vida dos atuais países ricos é algo irrealizável, e, que o mito do desenvolvimento, assim, estabelecido, legitima a destruição da cultura e do meio físico. (FURTADO 1974)
Arrighi mostra que é difícil a mobilidade na rígida estrutura capitalista, afirmando que são irrisórias as chances de transposição entre os pobres da periferia para a semiperiferia, e deste último grupo para o núcleo orgânico. Embora possível é improvável a inclusão de novos países no núcleo orgânico.(ARRIGHI 1997)
Mesmo se tratando de um critério econômico, como critica Veiga, a contribuição de Arrighi é valiosa, pois a estrutura do capitalismo, essencialmente desigual, não suporta a mobilidade dos povos pobres para um estágio de riqueza, que poderia afetar outros aspectos, além disso, existe a necessidade da existência de uma classe pobre, para ser, sobretudo, dominada e explorada, e, manter a condição de domínio das classes mais abastadas.
Tratando de forma mais ampla da temática desenvolvimento, M.L. de Souza insiste que o desenvolvimento não pode ser considerado apenas pelo aspecto econômico, mesmo sendo este   um   aspecto   importante.  Assim:   “O  desenvolvimento  é,   antes   que  uma  mudança
qualitativa das relações sociais, acima de tudo uma expansão quantitativa nos marcos qualitativos essenciais e inquestionados do modelo social capitalista” (2005, p. 19).

Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos.

A Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos/PROEJA visa oferecer oportunidades educacionais aos jovens e adultos que não concluíram o ensino fundamental bem como aos que concluíram o fundamental e não cursaram nenhum curso profissionalizante à nível técnico ou médio,  para que as oportunidades de empregabilidade possam chegar a seu alcance.
Em 13 de junho de 2005, por meio da Portaria nº 2.080, o Ministério da Educação estabeleceu, na esfera dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet), das Escolas Técnicas Federais, das Escolas Agrotécnicas Federais (EAF) e das Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais as diretrizes para a oferta de cursos de educação profissional integrada com o ensino médio na modalidade de educação de jovens e adultos.
Estando as diretrizes estabelecidas, o MEC optou pela criação de um programa que abrangesse cursos com essa configuração. Assim, no dia 24 de junho do mesmo ano, foi promulgado o Decreto nº 5.478, que instituía, no âmbito das instituições federais de educação tecnológica, o Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Este Decreto foi revogado, em 13 de julho de 2006, pelo Decreto nº 5.840 que, entre outras mudanças, alterou o nome para Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos. Estão entre os fundamentos do programa as discussões sobre a integração entre formação geral e formação profissional, travadas desde os anos 80 e tendo como marco a promulgação do Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004. Ainda contribuíram para sua criação, os debates sobre as possibilidades das instituições federais de educação tecnológica atuarem na educação de jovens e adultos. Essas negociações já vinham se desenvolvendo desde o seminário nacional “Ensino Médio: Construção Política”, maio de 2003, e os três encontros nacionais de educação profissional acontecidos, em 2004, nas cidades de Natal, São Paulo e Curitiba. No entanto, a implantação do programa trazia consigo diversos desafios políticos e pedagógicos. Como construir um currículo integrado considerando as especificidades desse público tão diverso; quais os instrumentos para reconhecimento dos saberes adquiridos em espaços não-formais de aprendizagem; como articular as diferentes políticas sociais e qual o papel da escola pública são algumas das questões trazidas pelo Proeja.
Diante desses desafios, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) optou, ainda em 2005, pela realização de sensibilização para a implementação do Programa nas instituições federais. Participaram dessas oficinas diretores de ensino, gerentes e coordenadores pedagógicos das escolas federais, além de alguns gestores estaduais de Educação Profissional.
Os subsídios colhidos nas oficinas de sensibilização apontavam para a precisão de aprofundamento nas diretrizes do Programa, com a explicitação de fundamentos, conceitos e princípios relativos à proposta. Assim, no final de 2005 foi instituído um grupo de trabalho formado por representantes da Rede Federal de Educação Profissional Tecnológica, do Fórum Nacional de Educação de Jovens e Adultos e de pesquisadores de universidades brasileiras para a elaboração do primeiro documento-base PROEJA, voltado especificamente para o nível médio – educação profissional técnica de nível médio com ensino médio.
Após a produção da minuta do documento, buscou-se promover um debate amplo entre atores interessados nos campos de atuação do programa: educação profissional, ensino médio e educação de jovens e adultos. Nessa discussão, destaca-se a participação do Fórum Nacional dos Gestores Estaduais de Educação Profissional.
Ao mesmo tempo, percebeu-se a necessidade da promulgação de um novo decreto, em substituição ao 5.478/2004, dando base legal às alterações propostas. Dessa forma, foi assinado o Decreto nº 5.840/2006, que, além do nome, conforme citado anteriormente, traz as seguintes novas orientações: amplia para todos os sistemas públicos de ensino e para as instituições do Sistema Nacional de Aprendizagem Social (Sistema S) a possibilidade de atuar como proponente, porém, mantendo a obrigatoriedade para a Rede Federal; amplia a abrangência para toda a educação básica na modalidade EJA; inclui a possibilidade de oferta de cursos na forma concomitante, além da forma integrada; prevê a conclusão dos estudos e a respectiva certificação a qualquer tempo desde que demonstrado o domínio dos conteúdos do nível de ensino e institui um Comitê Nacional para acompanhamento e controle social da implementação nacional do PROEJA, em que a composição, as atribuições e o regimento serão definidos conjuntamente pelos Ministérios do Trabalho e Emprego e da Educação.
A partir dessas alterações, surgiram novas demandas no sentido da produção de referenciais teóricos. Nesse sentido, a Setec tem promovido a elaboração de Documentos-Base orientadores, tendo em vista as especificidades de algumas áreas profissionais e de determinadas populações.
No que diz respeito à educação básica de Jovens e Adultos no Brasil, pode-se afirmar que predominam iniciativas individuais ou de organizações isoladas, acarretando, contradições e descaso dos órgãos responsáveis. Por outro lado, a cada dia, aumenta a demanda social por políticas perenes nessa esfera. Tais políticas devem pautar o desenvolvimento de ações baseadas em princípios epistemológicos que resultem em um corpo teórico bem estabelecido e que respeite as dimensões sociais, econômicas, culturais e afetivas do jovem e do adulto em situação de aprendizagem escolar     

Evolução do Desenvolvimento Sustentável

A partir do momento em que o desenvolvimento sustentável foi pela primeira vez apoiado pela Assembléia Geral das Nações Unidas através do Relatório Brundtland, em 1987, o conceito de educação para o desenvolvimento sustentável foi também explorado. A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento no Rio de Janeiro (Rio-92) uniu representantes de governos, organizações internacionais e não-governamentais e sociedade civil para discutir os desafios do próximo século e adotar um plano global de ação para enfrentá-los. O plano de ação, conhecida como Agenda 21, forneceu uma série de princípios para auxiliar Governos e outras instituições na implementação de políticas e programas para o desenvolvimento sustentável. O capítulo 36 da Agenda 21 afirma que a educação é essencial no rumo ao desenvolvimento sustentável.
Seguindo a Rio-92, a Comissão para o Desenvolvimento Sustentável indicou a UNESCO para ser o organismo coordenador do capítulo 36, responsável por acelerar as reformas na educação e coordenar as atividades dos parceiros. A UNESCO foi também encarregada de fornecer apoio técnico e profissional aos Estados Membros, desenvolvendo currículos experimentais e material de treinamento; e disseminar políticas, programas e práticas inovadoras para a Educação para o Desenvolvimento Sustentável. Por mais de uma década, muitas instituições de ensino superior, organizações não governamentais e agências de governo do mundo inteiro fizeram esforços significativos para incorporar o desenvolvimento sustentável em programas acadêmicos, operações e comunidades locais. A partir dessas experiências, fica claro que embora haja consenso nos objetivos gerais, sua criação e implementação nos níveis local, regional e nacional diferem, de acordo com as diferentes condições sociais, econômicas e ambientais, de forma relevante e culturalmente apropriada. Além disso, iniciativas educacionais devem levar em consideração as culturas do campo e minorias assim como assumir e facilitar suas importantes contribuições para o processo   do    desenvolvimento  sustentável.  O redirecionamento   da   educação   para   o  desenvolvimento
sustentável deve ser apoiado pela cooperação internacional em todos os níveis e por múltiplos parceiros. Cada educador e disciplina têm um aspecto que pode contribuir com o conteúdo. As comunidades podem contribuir com o desenvolvimento dos currículos de forma a garantir que esses reflitam o conhecimento, as habilidades, perspectivas e prioridades das populações locais. Líderes de governo devem dar passos para reorientar as políticas e sistemas nacionais de educação e estabelecer metas para cumprir compromissos internacionais. Finalmente, redes e parcerias entre governantes, instituições e organizações, sociedade civil, setor privado e mídia podem auxiliar na tradução de conceitos em objetivos e ações.
Nos anos 50 e 60 temos uma ambiguidade no que se diz respeito à análise do desenvolvimento:
“Os anos 1950/60 comportam essa ambigüidade com relação á idéia de desenvolvimentismo, cujos efeitos se sentirão no novo período do processo de globalização que se seguirá. É que naqueles anos se questiona o desenvolvimento lá mesmo onde ele parecia ter dado certo - isto é, na Europa e nos Estados Unidos -, no momento em que essa idéia estará sendo recuperada na América Latina, na África e na Ásia, quando ganha corpo a teoria do subdesenvolvimento (Yves Lacoste, Celso Furtado). Desse modo, o desenvolvimentismo se difunda no Terceiro Mundo ao mesmo tempo em que o desenvolvimentismo era questionado no Primeiro” (GONÇALVES, 2004, p. 25).
           
Na década de 70 emerge a concepção de ecodesenvolvimento, ou seja, mesmo com uma nova roupagem, o desenvolvimento continua ser o centro das atenções. Por vários motivos, muitos ainda obscuros, o ecodesenvolvimento não vingou como uma concepção capaz de discutir a relação entre o crescimento econômico e a conservação do ambiente, e, mais do que isso, não conseguiu se instalar como concepção consensual, capaz de aniquilar ou amenizar os antagonismos aflorados, procedentes da Conferência de Estocolmo em 1972, onde se visualizou duas visões distintas de desenvolvimento, a pertencente aos países desenvolvidos, que queriam conter o desenvolvimento dos países subdesenvolvidos e a dos últimos países, que queriam o direito ao desenvolvimento.
Nessa mesma década, no Brasil, por exemplo, a noção de desenvolvimento atingia o seu ápice, era grande meta do governo ditatorial, criador de um verdadeiro consenso, que ditava que era o momento do Brasil desenvolver, no caso, ideologicamente crescer economicamente, para mais tarde esse crescimento gerar frutos para a sociedade. Ficando claro na épica frase do ministro da fazenda Delfim Neto, onde primeiramente era importante deixar o bolo crescer para mais tarde reparti-lo.
           
Ter a cosciência crítica de que é preciso ser o proprietário de seu trabalho e de que “este constitui uma parte da pessoa humana” e que a “pessoa humana não pode ser vendida nem vender-se” é dar um passo mais além das verdareira trnasformação da realidade para humanizando-a, humanizar os homens.. (FREIRE. 2001  p.185)


Ensino aprendizagem.

Existem alguns princípios importantes a serem considerados por todos os que se preocupam com a aprendizagem do aluno, principalmente na Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos. Desenvolver o aprendizado em um contexto que tenha um significado, aproveitando o lugar onde vive e se relaciona bem como seu ambiente de trabalho, sem dúvida é uma alternativa que se deve levar em consideração. No entanto, o que vivenciamos é uma escola onde o professor  como  agente  principal  é  responsável   pelo ensino, sendo as atividades centralizadas em suas qualidades e habilidades, estando mais preocupado com os conteúdos a ser trabalhados e não se preocupando com o aprendizado, contribuindo assim para uma baixa alto-estima do aluno especialmente neste grupo de pessoas.
Diante desse contexto, percebemos que o perfil do professor não mudou. Na verdade, são poucos os que fogem do conceito de educação bancária, ou seja, o saber não passa de uma doação dos que se julgam detentores do conhecimento, aos que julgam não saber nada, cabendo então aos donos do conhecimento, transmitir, passar, dar o grande saber.
Em lugar de comunicar-se, o educador faz ”comunicados” e depósitos que os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí a concepção “bancária” da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem depósitos, guardá-los a arquivá-los. Margem para serem colecionadores ou fichadores das coisas que arquivam. No fundo, porém, os grandes arquivados são os homens, nesta (na melhor das hipóteses) equivocada concepção “bancária” da Educação (FREIRE 2001 p.58).  

Nesta ótica, a educação se torna um simples ato de depositar, e neste processo o professor o depositante e o aluno depositário. Infelizmente, a pedagogia utilizada na maior parte das escolas e principalmente na modalidade de Jovens e Adultos, prima o ensinar para decorar e depois reproduzir o que foi decorado sem questionar. Não devemos mais desenvolver uma escola do subdesenvolvimento, e sim é preciso ensinar para a libertação, De acordo com Freire “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens educam-se entre si, mediatizados pelo mundo” (FREIRE 2001 p.68).  Ou seja, a educação problematizada é uma prática de liberdade, exigindo de seus personagens uma nova concepção de comportamento. O processo ensino aprendizado é uma dicotomia onde ambos fazem parte desse processo o aprendiz aprendendo com o professor e o professor aprendendo com o aprendiz. Santos, afirma que “ensinar não è transmitir dogmaticamente conhecimentos, mas dirigir e incentivar com habilidade e método, a atividade espontânea e criadora do educando. Nessas condições, o ensino compreende todas as operações e processos que favorecem o curso vivo e dinâmico de aprendizagem” (SANTOS 1961 p48).
 
Considerações Finais

Neste contexto, torna-se necessário a implementação da concepção do desenvolvimento sustentável  no sistema de Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos, tendo em vista o significado para a vida dos trabalhadores, diante das demais alternativas e inserção na sociedade, considerando-se motivados a uma vida digna na esfera econômica.
A discussão sobre desenvolvimento é muito ampla, o que nos traz a possibilidade de dialogar com mais profundidade sobre o assunto. Portanto, nosso intuito é oferecer uma contribuição, na forma de uma apresentação geral e introdutória, tendo por base esses autores principais, nas possíveis formas de abordagens sobre o desenvolvimento, ora respeitando um aspecto, ora levando em consideração aspectos mais amplos.
Percebemos que o desenvolvimento nunca saiu de cena e nunca perdeu importância, para sobreviver o desenvolvimento ora manteve sua ligação com o crescimento econômico, ora foi adjetivado, ou ainda, foi “cobrado” por novas abordagens, que privilegiassem aspectos sociais, políticos e éticos.
Empiricamente vemos o desenvolvimento cada vez mais vivo, em todas as suas formas, principalmente, nos discursos  políticos de grandes empresas, que insistem em reproduzir que o desenvolvimento é a grande solução, e, que obtém sucesso pela grande capacidade de persuasão dessa concepção.
O ensino através do sistema de Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos é um reflexo da permanência e da transformação da concepção de desenvolvimento sustentável. Porém, acreditar no desenvolvimento sustentável é acreditar no desenvolvimento da vida humana como um todo.



Referências Bibliográficas:

RODRIGUES, A.M. Problemática Ambiental - Agenda Política - Espaço, território, classes sociais. In: Boletim Paulista de Geografia – “Perspectiva Crítica” -  nº 83-dezembro de 2005- p.91 a 110.  Associação dos Geógrafos Brasileiros – AGB-SP. 2005
RUA, J. Desenvolvimentos e Sustentabilidades: uma perspectiva geográfica. In  Oliveira,
M.P. de; Coelho, M.C.N. e Corrêa, A. de M. (orgs). O Brasil, A América Latina e o mundo:
espacialidades contemporâneas (I) 2008.
VEIGA, J.E.da. Desenvolvimento Sustentável – o desafio do século XXI. Editora Garamound, Rio de Janeiro, 2005.
SOUZA, M.L.de O desafio metropolitano: Um estudo sobre a problemática sócio-espacial nas Metrópoles Brasileiras.Rio de Janeiro.Editora: Bertrand Brasil. 2005
FURTADO, Celso. O Mito do Desenvolvimento Econômico. Rio de Janeiro, Ed. Civilização Brasileira, 1974.
ARRIGHI, G. A ilusão do desenvolvimento. Vozes, 1997.
GONÇALVES, C.W.P. (2004).O desafio ambiental.Rio de Janeiro.Editora: Record.
FREIRE, Paulo, Pedagogia do Oprimido: Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: aos homens se libertam em comunhão. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. p. 185.
MOREIRA, I, O Espaço Geográfico - Geografia Geral e do Brasil. Editora Ática 43º edição São
Paulo, 1999.
FREIRE, Paulo,  Pedagogia do Oprimido: Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. p. 58.
________  Pedagogia do Oprimido: Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. p. 68.
SANTOS, M. A Natureza do Espaço; Editora EDUSP. 2004




Contribuições para a Prática Pedagógica no PROEJA.


Contribuições para a Prática Pedagógica no PROEJA.   

Yolmar Freire


RESUMO
O objetivo desse artigo é contribuir para a prática pedagógica especificamente no PROEJA. Diante da imensa diversidade Geo-histórica, social e cultural que caracteriza cada lugar, percebe-se que toda essa diversidade reflete-se diretamente no comportamento, hábitos e costumes de cada povo, especialmente aos excluídos do sistema capitalista. Diante desse contexto nos perguntamos. As especificidades de cada lugar são levadas em consideração para práticas em sala de aula, bem como, a educação está cumprindo o seu papel de inserção do homem ao meio? Portanto, o intuito é oferecer uma contribuição, na forma de uma apresentação geral e introdutória, tendo por base os principais autores, nas possíveis formas de abordagens.  
 Palavras – chave: Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos, Ensino-aprendizagem, aspectos culturais.
ABSTRACT
The purpose of this article is to contribute to the pedagogical practice specifically in PROEJA. Faced with the immense diversity Geo-historical, social and cultural development that characterizes each place, realizes that all this diversity is reflected directly in behavior, habits and customs of each people, especially those excluded from the capitalist system. Given this context ourselves. The specificities of each place are taken into consideration to practices in the classroom, as well as, education is fulfilling its role as a middle man insertion? Therefore, the aim is to offer a contribution in the form of a general introductory presentation and, on the basis of the principal authors, on possible ways of approaches.
Key Words: Professional education – Integrated basic education in youth and adult Education of youths and adults, teaching and learning, cultural aspects.

INTRODUÇÃO 

O objetivo central desse artigo está relacionado á formação e ao cotidiano dos professores que atuam na educação, quando a área de estudos é a Educação de Jovens e Adultos, a esse problema se acrescenta mais um, que em na maioria das vezes acaba sendo postulado como uma tradução sintética dos demais, a falta de formação especifica dos profissionais que trabalham nessa modalidade de ensino. O intuito e oferecer uma contribuição, na forma de apresentação geral e introdutória sabendo que a Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos, tem como público, especialmente aos excluídos do sistema capitalista, um contingente populacional na sua maior parte necessita de uma qualificação profissional, pois muitos estão fora do contexto escolar, não são escolarizado o suficiente e não têm a qualificação profissional especifica para ocupar os postos de trabalho que são oferecidos, buscam na Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos uma solução imediata para serem inseridos no mundo do trabalho.

Acreditamos que uma escolarização baseada na proposta da politecnia de Saviani, atenderia com eficiência a uma população que necessita ser inserida em caráter emergencial no mercado de trabalho bem como oportunizar  uma continuidade de sua cidadania plena no mundo do trabalho, pois uma educação politécnica possibilitaria ao indivíduo um desenvolvimento pleno, e não uma formação “unilinear”, ou seja, uma única formação". Fundamenta-se em três grandes eixos: ensino de ciências e línguas, educação física e educação e produção. A união dessas três categorias desenvolveria um elemento importante para o sujeito. Essa educação deve ser vista através da: Unilateralidade, ou seja, uma educação única e inquestionável. Ominilateralidade, ou seja, uma educação plural, múltipla que desenvolveria diversas potencialidades nos sujeitos. Leitura tradicional, centrada na memorização de elementos pré-estabelecidos por uma estrutura centralizadora. Leitura anarquista, onde não existiria regras para o processo educativo, pois os sujeitos são livres para estudar e produzir o que bem entenderem.

Saviani afirma que a proposta de uma educação baseada na politecnia “é uma experiência que pode trazer importantes subsídios para se repensar a direção do sistema de ensino no país” (SAVIANI, 1989 p. 02) ele ainda afirma que “na formação dos homens, deve-se considerar o grau atingido pelo desenvolvimento da humanidade. Conforme se modifica o modo de produção da existência humana, portanto, o modo como o homem trabalha, muda as formas pelas quais os homens existem” (idem, 1989 p.4).  Dermeval Saviani é Doutor em Filosofia da Educação pela PUC São Paulo e Pós-Doutor pela Universita Degli Studi de Bologna- Itália. Professor emérito da Faculdade de Educação da Universidade de Campinas, pesquisador do CNPq, nasceu em Santo Antônio de Posse - SP, em 03 de fevereiro de 1944, concluiu o Curso primário, em 1954, e em 1959, o Curso ginasial no Seminário Nossa Senhora da Conceiçăo, em Cuiabá. Estudou no Seminário de Aparecida, em SP, onde concluiu em 1962 o Curso Colegial, continuou os estudos de Filosofia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Săo Bento da PUC/SP, concluiu seu curso de Filosofia, em 1966. Lecionou Filosofia em escola pública e por volta de 1966 passou a trabalhar em um órgăo da Secretaria de Educaçăo de Săo Paulo.

Em 1967 atuou como professor do Curso de Pedagogia da PUC/SP e ajudou a criar os Cursos de Mestrado e Doutorado em Filosofia da Educaçăo nessa Instituiçăo. Em 1970 foi lecionar na recém criada Universidade Federal de Săo Carlos onde ajudou a implantar em 1976 o Mestrado em Educaçăo, em convênio com a Fundaçăo Carlos Chagas. Concluiu em 1971 o Doutorado, na área de Ciências Humanas: Filosofia da Educaçăo, na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Săo Bento, da PUC/SP. Em 1978 retornou como professor da PUC/SP e ajudou a criar o Doutorado em Educaçăo nesta Instituiçăo. Em 1986 concluiu a Livre Docência na área de Ciências Humanas: História da Educaçăo na Faculdade de Educaçăo da UNICAMP. Em 1988 coordenou o programa de pós-­graduaçăo da UNICAMP. Atualmente é professor na UNICAMP.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA À EDUCAÇÃO BÁSICA NA MODALIDADE DE JOVENS E ADULTOS/EJA.
                                                 
O processo de ensino-aprendizagem é composto por muitas variáveis. Tais como: metodologia e recursos institucionais, as diferenças individuais do aprendiz: classe social, idade, religião, aptidão, estilo de vida, o contexto da aprendizagem, o professor etc., são aspectos que devem ser considerados justamente para a definição dos objetivos pedagógicos.

A Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e       Adultos/PROEJA visa oferecer oportunidades educacionais aos jovens e adultos que não concluíram o ensino fundamental bem como aos que concluíram o fundamental e não cursou nenhum curso profissionalizante à nível técnico ou médio, para com isso as oportunidades de empregabilidade possam chegar a esses atores.

A respeito da educação básica de Jovens e Adultos no Brasil, pode-se afirmar que predominam iniciativas individuais ou de organizações isoladas, acarretando, contradições e descaso dos órgãos responsáveis. Por outro lado, a cada dia, aumenta a necessidade social por políticas permanentes nessa esfera. Tais políticas devem pautar o desenvolvimento de ações baseadas em princípios epistemológicos que resultem em um corpo teórico bem estabelecido e que respeite as dimensões sociais, econômicas, culturais e afetivas do jovem e do adulto em situação de aprendizagem escolar.    

O PROEJA foi criado pelo decreto nº. 5.478, de 24/06/2005, que expressou a vontade governamental de atender a uma demanda de Jovens e Adultos que por suas especificidades são excluídos do sistema educacional, seja no ensino fundamental ou no ensino médio.
Esse contingente populacional na sua maior parte necessita de uma qualificação profissional, muitos estão fora do contexto escolar, e não é escolarizado o suficiente para ocupar os postos de trabalho que são oferecidos, busca na Educação de Jovens e Adultos uma solução imediata para serem inseridos no mercado de trabalho. Acreditamos que uma escolarização baseada na proposta da politecnia de Saviani, atenderia com eficiência essa população que necessita ser inserida em caráter emergencial no mercado de trabalho bem como oportunizar  uma continuidade de sua cidadania plena no mundo do trabalho.

Saviani afirma que a proposta de uma educação baseada na politecnia “é uma experiência que pode trazer importantes subsídios para se repensar a direção do sistema de ensino no país” (SAVIANI, 1989 p. 02) ele ainda afirma que “na formação dos homens, deve-se considerar o grau atingido pelo desenvolvimento da humanidade. Conforme se modifica o modo de produção da existência humana, portanto, o modo como o homem trabalha, muda as formas pelas quais os homens existem” (Idem, 1989 p.4).  A partir da 2ª Guerra Mundial, a cargo do Estado. Até este período, a Educação Popular era concebida como extensão da Educação formal para todos, sobretudo para os menos privilegiados que habitavam as áreas das zonas urbanas e rurais. Em 13 de junho de 2005, por meio da Portaria nº 2.080, o Ministério da Educação estabeleceu, na esfera dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet), das Escolas Técnicas Federais, das Escolas Agrotécnicas Federais (EAF) e das Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais as diretrizes para a oferta de cursos de educação profissional integrada com o ensino médio na modalidade de educação de jovens e adultos.

              Estando às diretrizes estabelecidas, o MEC optou pela criação de um programa que abrangesse cursos com essa configuração. Assim, no dia 24 de junho do mesmo ano, foi promulgado o Decreto nº 5.478, que instituía, no âmbito das instituições federais de educação tecnológica, o Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Este Decreto foi revogado, em 13 de julho de 2006, pelo Decreto nº 5.840 que, entre outras mudanças, alterou o nome para Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos. Estão entre os fundamentos do programa as discussões sobre a integração entre formação geral e formação profissional, travadas desde os anos 80 e tendo como marco a promulgação do Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004.

Ainda contribuíram para sua criação, os debates sobre as possibilidades das instituições federais de educação tecnológica atuarem na educação de jovens e adultos. Essas negociações já vinham se desenvolvendo desde o seminário nacional “Ensino Médio: Construção Política”, maio de 2003, e os três encontros nacionais de educação profissional acontecidos, em 2004, nas cidades de Natal, São Paulo e Curitiba. No entanto, a implantação do programa trazia consigo diversos desafios políticos e pedagógicos. Como construir um currículo integrado considerando as especificidades desse público tão diverso; quais os instrumentos para reconhecimento dos saberes adquiridos em espaços não-formais de aprendizagem; como articular as diferentes políticas sociais e qual o papel da escola pública são algumas das questões trazidas pelo PROEJA.

                Diante desses desafios, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) optou, ainda em 2005, pela realização de sensibilização para a implementação do Programa nas instituições federais. Participaram dessas oficinas diretores de ensino, gerentes e coordenadores pedagógicos das escolas federais, além de alguns gestores estaduais de Educação Profissional.

Os subsídios colhidos nas oficinas de sensibilização apontavam para a precisão de aprofundamento nas diretrizes do Programa, com a explicitação de fundamentos, conceitos e princípios relativos à proposta. Assim, no final de 2005 foi instituído um grupo de trabalho formado por representantes da Rede Federal de Educação Profissional Tecnológica, do Fórum Nacional de Educação de Jovens e Adultos e de pesquisadores de universidades brasileiras para a elaboração do primeiro documento-base PROEJA voltado especificamente para o nível médio – educação profissional técnica de nível médio com ensino médio.

Após a produção da minuta do documento, buscou-se promover um debate amplo entre atores interessados nos campos de atuação do programa: educação profissional, ensino médio e educação de jovens e adultos. Nessa discussão, destaca-se a participação do Fórum Nacional dos Gestores Estaduais de Educação Profissional.

Dessa forma, foi assinado o Decreto nº 5.840/2006, que, além do nome, conforme citado anteriormente, traz as seguintes novas orientações: amplia para todos os sistemas públicos de ensino e para as instituições do Sistema Nacional de Aprendizagem Social (Sistema S) a possibilidade de atuar como proponente, porém, mantendo a obrigatoriedade para a Rede Federal; amplia a abrangência para toda a educação básica na modalidade EJA; inclui a possibilidade de oferta de cursos na forma concomitante, além da forma integrada; prevê a conclusão dos estudos e a respectiva certificação a qualquer tempo desde que demonstrado o domínio dos conteúdos do nível de ensino e institui um Comitê Nacional para acompanhamento e controle social da implementação nacional do PROEJA, em que a composição, as atribuições e o regimento serão definidos conjuntamente pelos Ministérios do Trabalho e Emprego e da Educação.

               A partir dessas alterações, surgiram novas demandas no sentido da produção de referenciais teóricos. Nesse sentido, a Setec tem promovido a elaboração de Documentos-Base orientadores, tendo em vista as especificidades de algumas áreas profissionais e de determinadas populações.

No que diz respeito à educação básica de Jovens e Adultos no Brasil, pode-se afirmar que predominam iniciativas individuais ou de organizações isoladas, acarretando, contradições e descaso dos órgãos responsáveis. Por outro lado, a cada dia, aumenta a demanda social por políticas perenes nessa esfera. Tais políticas devem pautar o desenvolvimento de ações baseadas em princípios epistemológicos que resultem em um corpo teórico bem estabelecido e que respeite as dimensões sociais, econômicas, culturais e afetivas do jovem e do adulto em situação de aprendizagem escolar.

APRENDENDO A APRENDER

O esforço político e pedagógico no sentido do reconhecimento do estatuto próprio da Educação de Jovens e Adultos já vem sendo realizado há tempos por agentes e instituições diversas. Apesar da descontinuidade das políticas e da escassez de núcleos de pesquisa na área, a verdade é que os serviços públicos que atendem à demanda por esse serviço vêm conseguindo manter-se mesmo nas condições mais adversas, animando iniciativas de sistematização de experiências ou diretrizes por parte de educadores, além do interesse de pesquisadores ligados a universidades ou organizações não-governamentais. Com suas potencialidades e fragilidades, a Educação de Jovens e Adultos tem uma história feita de muitas histórias.

No Brasil, na América Latina e nos demais continentes, cada uma com suas peculiaridades, nas quais o esforço por construir uma identidade própria é uma constante, uma das questões que nos chama a atenção se refere aos conteúdos a serem trabalhados, pois ao longo dos anos as disciplinas lecionadas nas escolas, foram se tornando disciplinas de memorização, não respeitando o conhecimento adquirido pelo aluno, o lugar onde vive o seu cotidiano ou mesmo, sua base cultural, sabemos que na Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos, o educando tem uma história de vida que deve ser respeitada e levada em consideração para que a prática pedagógica possa fazer com que este indivíduo desenvolva uma criticidade a partir de seus próprios conhecimentos.

Na história da educação a memorização se tornou uma prática entre os professores, a pedagogia da memorização contribuiu para a abstração crescente, e ao mesmo tempo para alienar as gerações de alunos que classificaram os conteúdos como matérias de memorização. Umbelino “afirma que os professores e alunos são treinados a não pensar sobre e o que é ensinado e sim, a repetir pura e simplesmente o que é ensinado” (UMBELINO, 2003 p28).

Atualmente, os alunos em aula não desenvolvem o básico a que se destina à escrita, provavelmente, por que tiveram uma formação deficitária, formação essa que ao longo dos anos não se preocupou como deveria com o processo de aprendizado baseado na leitura e interpretação em associar a teoria e a prática e sim em uma construção do conhecimento, através de teorias preparadas dentro de gabinetes que muitas vezes são elaboradas por quem nunca esteve dentro de uma sala de aula, principalmente na Educação de Jovens e Adultos. Sem dúvida, a funcionalidade das aprendizagens constitui um fator de motivação aos que por muito tempo ficou longe da escola, mas a consideração de necessidades práticas geradas em contextos de vivência não deve comprometer outros aspectos que dão sentido à educação escolar e que lhe são específicos.

A orientação do ensino para exigências do mundo do trabalho ou qualquer outro contexto específico de vivência não deve implicar a renúncia ao distanciamento crítico em relação à realidade imediata. Entretanto, também é de extrema relevância a análise de como saberes e competências relacionados aos contextos existenciais dos jovens e adultos trabalhadores poderiam ser abordados pedagogicamente de modo a fazer avançar sua capacidade crítica, criatividade e autonomia, e não meramente como capacitação para tarefas específicas, sem maior relevância.

Um conjunto de estudos que certamente pode subsidiar a ação dos educadores de jovens e adultos nessa direção é o que aborda as especificidades do conhecimento prático ou espontâneo, tendo como contraponto os conhecimentos teóricos, científicos ou escolares. Acreditamos que a prática pedagógica pautada nos saberes culturais e sociais dos alunos associada à teoria sociointeracionista e fundamental para que o ensino da leitura e da interpretação tenham um significado.

Existem alguns princípios importantes a serem considerados por todos os que se preocupam com a aprendizagem do aluno, principalmente na Educação Profissional Integrada a Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos. Desenvolver o aprendizado em um contexto que tenha um significado, aproveitando o lugar onde vive e se relaciona bem como seu ambiente de trabalho, sem dúvida é uma alternativa que se deve levar em consideração. No entanto, o que vivenciamos é uma escola onde o professor como agente principal é responsável pelo ensino, sendo as atividades centralizadas em suas qualidades e habilidades, estando mais preocupados com os conteúdos a ser trabalhados e não se preocupando com o aprendizado, contribuindo assim para uma baixa alto-estima do aluno especialmente neste grupo de pessoas.

Paulo Freire, em sua obra Pedagogia da Autonomia – Saberes necessários à prática educativa enfatiza que ensinar exige respeito aos saberes dos educandos, devendo-se discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes e relacioná-los com o ensino de conteúdos.

Por que não aproveitar a experiência que têm os alunos de viver em áreas da cidade descuidadas pelo poder público, por exemplo, a poluição dos riachos e córregos e os baixos níveis de bem-estar das populações, dos lixões e os riscos que oferecem à saúde das gentes. Por que não lixões no coração dos bairros puramente remediados dos centros urbanos? Por que não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina (...). Por que não estabelecer uma necessária “intimidade” entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos? Por que não discutir as implicações políticas e ideológicas de um tal descaso dos dominantes pelas áreas pobres da cidade? A ética de classes embutida neste descaso?  (FREIRE, 2002, P. 33-34).

Diante desse contexto, percebemos que o perfil do professor não mudou. Na verdade, são poucos os que fogem do conceito de educação bancária, ou seja, o saber não passa de uma doação dos que se julgam detentores do conhecimento, aos que julgam não saber nada, cabendo então aos donos do conhecimento, transmitir, passar, dar o grande saber.

Em lugar de comunicar-se, o educador faz ”comunicados” e depósitos que os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí a concepção “bancária” da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem depósitos, guardá-los a arquivá-los. Margem para serem colecionadores ou fichadores das coisas que arquivam. No fundo, porém, os grandes arquivados são os homens, nesta (na melhor das hipóteses) equivocada concepção “bancária” da Educação (FREIRE 2001 p.58).  

Nesta ótica, a educação se torna um simples ato de depositar, e neste processo o professor o depositante e o aluno depositário. Infelizmente, a pedagogia utilizada na maior parte das escolas e principalmente na modalidade de Jovens e Adultos, prima o ensinar para decorar e depois reproduzir o que foi decorado sem questionar. Não devemos mais desenvolver uma escola do subdesenvolvimento, e sim é preciso ensinar para a libertação, De acordo com Freire “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens educam-se entre si, mediatizados pelo mundo” (FREIRE 2001 p.68). 

Ou seja, a educação problematizada é uma prática de liberdade, exigindo de seus personagens uma nova concepção de comportamento. O processo ensino aprendizado é uma dicotomia onde ambos fazem parte desse processo o aprendiz aprendendo com o professor e o professor aprendendo com o aprendiz. Santos, afirma que “ensinar não è transmitir dogmaticamente conhecimentos, mas dirigir e incentivar com habilidade e método, a atividade espontânea e criadora do educando. Nessas condições, o ensino compreende todas as operações e processos que favorecem o curso vivo e dinâmico de aprendizagem” (SANTOS 1961 p48).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O homem percebido como coletividade ou como indivíduo, é movido por interesses, e esses ditam quais conteúdos terão prioridade e quais padrões serão tidos como de valia para a educação. A educação, como ato humano, tem vínculos diretos com os modos de compreender, de agir e de explicar a realidade. Ela não é um ato súbito, gesta-se e desenvolvem-se em meio a conjunturas, implicadas de circunstâncias sociais, políticas, metodológicas, econômicas e culturais, de tal forma que mudanças ocorridas na organização política e jurídica e nos modos de produzir e de comercializar exercem influências significativas na educação e até nas ciências.

Dessa forma, é o momento em que as sociedades pós-modernas desenham a quebra das barreiras entre as ciências, provocando trocas, interações – num cenário epistemológico complexo – trazendo à tona a necessidade de novos conhecimentos. Nessa realidade, os conhecimentos originados na Biologia, na Matemática, nas Ciências Sociais e Humanas se entrecruzam e se fazem presentes em atividades do cotidiano, imbricados de tal forma que a ambigüidade, a diversidade e a discórdia não constituem obstáculos, mas sim terreno fértil para a construção de sentidos e para aberturas conceituais. Grande parte de estudos feitos sobre a educação não tem encontrado elos entre seus achados e a prática dos educadores, sendo este um dos aspectos que favorece a dicotomia prática/teoria.

Se fôssemos levar em consideração as recomendações tecidas por Paulo Freire ao longo de sua obra, poderíamos, seguramente, dizer que a prática da pesquisa em educação no País, para ser relevante, deveria estar vinculada às preocupações e necessidades reais dos educadores. Tal qual a docência, a prática da pesquisa necessitaria ser dialógica. Ela deve estar sempre confrontando seus achados com o cotidiano de quem vive o dia-a-dia do fazer educação. Desse ponto de vista, não há como serem indispensáveis estudos que saciam apenas a curiosidade do pesquisador, sem que extrapolem a redoma de sua sala de aula.

A relevância do papel do professor, situando-o como sujeito – real concreto – de um fazer docente, no que esta guarda de complexidade, importância social e especificidade, inclui dar-lhe a voz que precisa ter na produção de conhecimento sobre sua prática e mantê-lo no processo constante de formação continuada, para que possam dar conta, no seu cotidiano profissional, das mudanças substantivas e plurais que ocorrem em escala planetária, numa velocidade cada vez maior, neste início de século. Devemos conceber o ensino em uma perspectiva multidisciplinar, considerando que nos tempos e espaços atuais é fundamental que se pense a Educação de maneira integrada e não-fragmentada o que, infelizmente, ainda acaba por acontecer nas formações gerais de muitos professores, nas universidades brasileiras.

Nas ações de educação inicial e continuada de professores, a partir do seu contexto de trabalho, naturalmente surge à necessidade de discussão de estratégias de ensino e de recursos didáticos. Nesse sentido, uma questão preocupante é o significado do ensinar e do aprender e as implicações para as estratégias de ensino adotadas pelos professores. A dissociação entre o ensinar e o aprender está presente tanto no discurso cotidiano como em teorias psicológicas sobre a aprendizagem e sobre o desenvolvimento psicológico.

Concluímos então que esse processo precisa ser discutido no âmbito educacional. Somente uma escola centrada democraticamente nos educandos e em seu contexto local, vivendo as suas circunstâncias, integradas ao seu meio, levará os estudantes a uma nova postura diante de seu espaço. Uma escola que se faça verdadeiramente parte de seu entorno e dê sua comunidade para se fazer um lugar onde o aprender a aprender será discutido no âmbito da própria comunidade.

A discussão sobre a Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos de Jovens e Adultos é muito ampla, o que nos traz a possibilidade de dialogar com mais profundidade sobre o assunto. Portanto, o intuito é oferecer uma contribuição, na forma de uma apresentação geral e introdutória, tendo por base esses autores principais, nas possíveis formas de abordagens sobre Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos de Jovens e Adultos, ora respeitando um aspecto, ora levando em consideração aspectos mais amplos.

Esta investigação tem como ponto principal contribuir para que práticas pedagógicas sejam desenvolvidas na Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos de Jovens e Adultos, respeitando todas as diversidades do lugar e as especificidades do educando, levando em consideração as práticas desenvolvidas nesta modalidade
.
Esta reflexão contribuirá para que professores juntamente com a comunidade escolar possam estar utilizando metodologias onde o educando também faz parte do processo ensino aprendizagem, e que as especificidades de cada lugar e de seus atores devem estar sempre em pauta das discussões, e que a teoria e a prática são os caminhos para um aprendizado onde o nosso aluno terá maior condição de ter um olhar holístico-crítico de seu próprio meio.

BIBLIOGRAFIA

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UMBELINO, Ariovaldo, et alPara Onde Vai o Ensino de Geografia? São Paulo: Contexto, 2003.
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SUZUKI, Juliana Telles Faria, et alTecnologias em educação: pedagogia. São Paulo. Pearson Education do Brasil, 2009.
FARIAS, Adriana Medeiros. Alfabetização e educação popular no contexto das politicas públicas. In: Simpósio Estadual de Alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos, 1., 2006, Pinhão. Anais... Curitiba: SEED/PR, 2006. p. 14-21.
FREIRE, Paulo, Pedagogia do Oprimido: Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: aos homens se libertam em comunhão. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. 62-68p.
SANTOS, José Eustáquio. Pedagogia Dialógica. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire 2002.